quinta-feira, 24 de abril de 2008

Toca o terror

O homem nunca foi vítima em contos de fadas. Sempre a mocinha era envenenada ou limpava o chão para as irmãs. Hoje o homem é a maior vítima por não ter sido o coitadinho. Só ele não tem dia. A mulher tem, a Parada Gay lota. Mas o homem ficou de fora da mobilização por preconceito. O torcedor de futebol implora o Dia do Homem. Diziam que ele não poderia ser bissexual. Somente a mulher teria essa dignidade. O homem quando fazia sexo com outro homem era dito gay. Não o consideravam macho e ganhou uma data colorida no calendário. A mulher, porém, depois que experimenta o sexo com outra menina, ainda tem chance de voltar a ser hetero. O ser masculino tem de ser hetero pro resto da vida e provar sua virilidade. Não pode experimentar a fruta, não vira hetero depois do beijo gay e hoje comanda o fogão. O príncipe encantado praticamente se transforma em escravo da mulher. Quanto maior o valor do presente dela, mais valorizada por ele. Precisou ainda receber o título de metrossexual pra igualar o poder. E assim não foi suficiente para a construção de um novo conceito de sua imagem. Mas o responsável foi o próprio homem. Ele, quando ainda não existia televisão, usou de sua força pra se impôr como o superior. Não imaginou que a mulher pudesse reverter a situação. Achou que podia tudo, ganhar a guerra e se deu mal. Muitos aderiram ao movimento gay e agora a bissexualidade impediria uma nova reversão de papéis. O caminho que nasce é o do bissexualismo, ignorando o homossexualismo. A bandeira igualitária toca o maior terror. Guerra dos sexos é coisa do passado.

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