quarta-feira, 25 de junho de 2008

A canja alucina

Ocorre a ilusão em achar que em centros urbanos o paraíso existe por inúmeras opções pra tudo. A atração social existe desde sempre e hoje temos o colapso. Tem de ter cacife, atitude, e principalmente a vontade. Se você é só formado em alguma coisa desiste. Quem tem o fundamental e o médio tem mais chances e no infinito comércio. Caso contrário, estude todas as línguas possíveis e acredite no sorriso e criatividade master como melhor logotipo na testa. A cidade engole o medíocre facilmente. A dica também é ficar de olho no mundinho fashion, novidades, novo vocabulário, fotolog. Um blog profissional bombástico e bem divulgado faz bem para o curriculo. Participe sem cansar dos eventos considerados importantes. Vale velório pra conseguir cartão de visita. Aliás costume um bom visit card pra completar o personal layout. Faça algum tipo de esporte pra manter a forma. Não tente correr em marginais. Ainda aposte em meditação pra superar a poluição sonora e do ar. Tenha sempre em mente a sua verdade, com os punhos fechados e toda a vontade possível em continuar. A solidão pode acontecer em qualquer momento, pra assinalar. Por isso casamento e luta da dupla convém na empreitada. Porém não desanime sozinho. É importante a animação pra quem sempre dependeu de alguém. Não se deslumbre com drogas, vida fácil inexistente. Uma metrópole com metrô aceita aquele que é rico. Em todos os sentidos.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

A melancia freak e hype

Quanto maior a bunda melhor. Mais turbinada, mais siliconada, maior o tesão de quem bate punheta. Agora quem se expõe pode ser considerada freak e curiosamente suculenta. Em qualquer país o apelo sexual rende mídia, dinheiro. A brasileira, porém, é considerada prostituta em qualquer lugar do mundo. Tem o fator carnaval, colonização portuguesa. Hoje, uma mulher aceita mostrar um canhão na capa de revista e se valoriza de outra forma. Se tranforma numa princesa da noite pro dia. E acaba desvalorizando a imagem de uma intimidade feminina. Ok, existe um trabalho fotográfico, uma direção de arte. Ocorre também a mentira. O que se vê nas páginas de uma brazilian Playboy não é fato. Mas uma ilusão cada vez maior se alastra e sem precedentes. Sem dúvida vende horrores. O incrível será o maior prejuízo posterior e atual desde a década de 70, quando a própria mulher saiu da frente do fogão, se libertou e ganhou os holofotes. O retrocesso dessa história pode ser o tamanho de uma bunda. O apelido de uma celebridade se refere a algo comestível. A crítica aqui não existe. A descrição real pode lembrar o horror de nossos avós quando assistiam imagens demoníacas. Ou seriam sábias previsões? Preconceito seria se não houvesse o meu interesse em por no mínimo falar de.

terça-feira, 10 de junho de 2008

O conto do sexo livre

Ao invés do conto de fadas, existe hoje o conto do sexo livre. Assim tem de ser. Se não for proibido e o tão normal será. Faltou em Sex and the City uma lésbica. Nem precisaria ser a Sônia de calças. Mas faltou. O machismo predominou desde o momento da Carrie escritora e sua opção por casar em troca de um nome no apartamento do futuro marido. Daí desencadeou o fato de o homem ter o poder na relação. A dúvida do fraco homem em subir ao altar pode ser tomado como exemplo. Porém não resolve o que acontece de verdade hoje. Quando a Madonna resolveu beijar a Britney na boca, tudo mudou pras próximas gerações. Ser rica é beijar uma mulher na boca? Sexo livre virou moda. E para os mais fracos ainda: promiscuidade. Aí vem a confusão e o erro do ser humano que aprende com os acontecimentos. Jovem adora ídolos. Não adianta. Se contar a história da carrochinha, a menina vai querer subir ao altar, imaginar um cavalo trazendo um príncipe encantado que não existe. Olha, sou bem mais a Miranda que de repente fica assexuada e fala a verdade. Por outro lado, não se deve passar um ódio sábio para o próximo e criar catástrofes em relações. O ódio sábio deve servir como exemplo. Pois sempre a vilã desperta interesse. Quem tem vontade de jogar uma verdade puramente subjetiva e na cara do outro pra compartilhar um sofrimento é o humano. Ninguém se suporta. Suportar alguém pode ser a vitória, o tal do final feliz de histórinhas atualizadas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Muitos querem e nao sabem o quê

Ao examinarmos as crenças do passado, concluímos que a maioria delas contém erros e ilusões, mesmo quando pensamos há vinte anos atrás e constatamos como erramos e nos iludimos sobre o mundo e a realidade. E por que isso é tão importante? Porque o conhecimento nunca é um reflexo ou espelho da realidade. O conhecimento é sempre uma tradução, seguida de uma reconstrução. Mesmo no fenômeno da percepção em que os olhos recebem estímulos luminosos que são transformados, decodificados, transportados a um outro código, e esse código binário transita pelo nervo ótico, atravessa várias partes do cérebro e isto é transformado em percepção, logo a percepção é uma reconstrução. Tomemos o exemplo da percepção constante que é a imagem do ponto de vista da retina: as pessoas que estão perto, parecem muito maiores do que aquelas que estão mais distantes, pois, a distância, o cérebro não registra e reconstitui uma dimensão idêntica para todas as pessoas, assim como os raios ultravioletas e infravermelhos que nós não vemos, mas sabemos que eles estão aí e nos impõem uma visão segundo as suas incidências. Portanto, temos percepções, ou seja, reconstruções, traduções da realidade, e toda tradução comporta o risco de erro, como dizem os italianos 'tradotore/traditore'.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Todo um conceito enolístico

As pessoas praticamente são atropeladas na sua frente. Tu vais no supermercado e os preços aumentaram em maneira absurda, faltam produtos nas prateleiras. Sim, a comida tá acabando. Agora ninguém fala e ainda pode ser um alarme perigoso, desesperador. Infelizmente em breve tem a tal da propaganda política na televisão. Uma verdadeira palhaçada pra ganhar dinheiro. Conchavo daqui, indicação dali, quero aparecer acolá. Melhor se segurar. Dançar bonitinho como se estivesse dentro da lei(?). Simplesmente criar um conceito por causa de um sistema. Se mentira tem perna curta, a pata do brasileiro é curtíssima. Escolhe analfabetos, dança na boquinha da garrafa, dá audiência para pqp. Existe uma tendência em acreditar, com otimismo, que em terras tupiniquetas tem riqueza. Mas uma extensão da cidade do Rio de Janeiro é queimada por mês na Amazônia. Prédios populares são pontos de drogas nos centros urbanos na cara do inspetor(?). Nem 20% da população anda de avião. Favelas se proliferam e ganham novos designs. Os shoppings ficam lotados em datas comerciais porque tem glamour. A cerveja do verão e o vinho no inverno. Poucos se preocupam com o arroz, o comandante, o livro, a própria vida. A felicidade pode ser 'morrer bem velhinho, ali sozinho, bebendo vinho e olhando a bunda de alguém', diz o mestre Nei Lisboa.